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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Presidiários transformam placas danificadas em objetos de uso coletivo

Detentos do regime semiaberto trabalham na confecção de objetos de uso coletivo a partir de placas de sinalização usadas. Estragadas, enferrujadas ou danificadas em acidentes, as placas são transformadas em bancos, lixeiras e armários. O trabalho e coordenado pela Secretaria de Transportes por meio da Coordenadoria de Infraestrutura.

Segundo a Secretaria de Transporte, cerca de 90% dos trabalhadores são presidiários do regime semiaberto, que conseguem redução na pena em troca do trabalho.

Eles recebem bolsa-auxílio com um salário mínimo (R$ 724), auxílios alimentação e transporte, além da redução de um dia da pena a cada três dias de trabalhado cumprido. Os presos são contratados por meio de um termo de prestação de serviços firmado entre a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap) e a pasta.

Para o coordenador de Infraestrutura de Sinalização da Secretaria de Transportes, Ivaldo Teixeira, que acompanha de perto o trabalho desenvolvido pelos apenados, essas atividades contribuem para a ressocialização.

"É uma oportunidade para que eles se sintam úteis e desenvolvam um trabalho importante", afirmou em entrevista à Agência Brasília.

Os três tipos de materiais produzidos são cedidos para os terminais rodoviários, administrações regionais e praças públicas do DF.

Fonte:Agência Brasília/imagem:Hmenon Oliveira

terça-feira, 1 de outubro de 2013

DF tem primeiro preso em regime fechado a concluir faculdade

O detento do Presídio do Distrito Federal I (PDF I), Glaucimar Ferreira Santos, de 35 anos, tornou-se hoje o primeiro presidiário da capital do país a concluir um curso de nível superior durante o cumprimento de pena em regime fechado.

O diploma de graduado em Administração veio graças ao apoio da irmã, Glaucia, que assistia às aulas presenciais em seu lugar e repassava lições para ele na cadeia.

"O estudo é capaz de mudar a história e o caráter de um homem", contou orgulhoso o detento, que está preso desde março de 2007 por extorsão mediante sequestro e cumpre pena de 20 anos de prisão, mas deve progredir para o regime semiaberto ainda este ano. 

Ele já iniciou uma pós-graduação em Gestão de Negócios. A história de sucesso tem como personagem principal a irmã, Gláucia, que serviu de elo entre o presidiário e a faculdade.

Em regime fechado, Glaucimar não teve liberação judicial para as aulas presenciais que aconteciam duas vezes por semana, apesar de o curso ser a distância.

"Ela ia na faculdade e gravava as aulas para mim, e trazia junto com as anotações e exercícios", contou o aluno, que ainda recebia as provas lacradas no presídio.

Modesta, Gláucia repassa todos os créditos da conquista ao irmão. "O diploma é mais dele do que meu, apenas corri junto com ele atrás desse sonho que ele tinha de sair daqui uma outra pessoa", destacou.

Sem nunca ter ido pessoalmente à faculdade, sem conhecer os colegas de sala, Glaucimar foi destaque da turma, com notas acima da média, de acordo com a direção da instituição.

"A faculdade percebeu que ele era uma pessoa muito inteligente, as provas dele eram destaque", lembrou a diretora da Faculdade Anhanguera FacNet, Ana Paula Rios.

Durante a cerimônia de colação de grau, realizada do auditório do Presídio do Distrito Federal (PDF I), no Complexo da Papuda, a mãe de Glaucimar, dona Teresinha Ferreira era a mais emocionada.

"Sem o apoio da família é muito difícil dar a volta por cima, eu tenho muito orgulho de ver ele lutando para alcançar seu objetivo", enfatizou orgulhosa.

"Você está dando um exemplo pra grande massa de reeducandos que merece ser seguido. Se formou em uma grande faculdade, ao invés de fazer graduação e pós-graduação no mundo do crime", elogiou o secretário de Segurança, Sandro Avelar, paraninfo da colação.

Também participaram da cerimônia de formatura do detento Glaucimar Santos: o presidente da Fundação de Amparo ao Preso (FUNAP), Adalberto Monteiro; o subsecretário do Sistema Penitenciário, Claudio Magalhaes e o diretor da PDF I, Celso Lima.

Fonte:Agência Brasília/imagem:Hmenon Oliveira

terça-feira, 28 de maio de 2013

DF é primeira do país a receber aparelhos de revista em presídios

A visitação aos quase 12 mil presos do sistema prisional será, a partir de agora, mais segura e humanizada no Distrito Federal com a instalação de oito scanners de corpo, entregues pelo GDF em parceria com o governo federal.

"Brasília é a primeira unidade da Federação a ter esse scanner de corpo. Nossos investimentos vão continuar para que nosso sistema continue sendo referência em todo o país, seja no rigor, na capacidade e na eficiência", destacou o governador Agnelo Queiroz.

Adquiridos por R$3,152 milhões - R$394 mil cada um -, os aparelhos possuem alta tecnologia e proporcionam a visualização das camadas da pele e cavidades do corpo humano sem que os visitantes tirem a roupa, procedimento esse considerado necessário, mas constrangedor.

A compra dos equipamentos foi possível com base em convênio entre o GDF e o governo federal e coloca o DF em uma situação privilegiada ao ser a primeira unidade Federação a ter esse tipo de tecnologia.

"Esses equipamentos são inovações em um sistema que utiliza a revista de forma invasiva. Vamos dignificar a situação das pessoas que vêm visitar os presos", explicou o diretor de políticas penitenciárias do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), Luiz Vieira.

O Complexo Penitenciário da Papuda receberá quatro scanners no total, e os demais serão enviados para outros pontos do DF: o Centro de Internamento e Reeducação, o Centro de Detenção Provisória, o Centro de Progressão Penitenciária e o Presídio Feminino.

Os scanners parecem elevadores onde as pessoas ficam por um minuto, sem a necessidade de tirar peças de roupas ou sapatos e ter contato físico com os técnicos penitenciários. A expectativa é que os aparelhos beneficiem 3,5 mil familiares ou parentes de detentos.

Os equipamentos têm garantia de dois anos contra qualquer tipo de defeito, e, segundo o contrato, a empresa fabricante, Nuctech Company Ltda., atenderá as unidades prisionais em até duas horas em caso de falhas ou problemas técnicos, ou em até 72 horas se for necessário fazer reparos ou manutenção.

Fonte: Agência Brasília/imagem: Pedro Ventura

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Agentes penitenciários prometem encerrar a greve


Representantes de entidades que representam a categoria dos agentes penitenciários do Distrito Federal se comprometeram em encerrar o movimento de paralisação, em audiência realizada na Câmara Legislativa, na tarde desta, quarta-feira (17).

O distrital Cláudio Abrantes, que participou das negociações, comemorou o acordo com o Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do DF (Sindpen) e com a Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do DF (Asspen), celebrado na sala da presidência da Câmara Legislativa.

Nas palavras do deputado, o importante era acabar com o impasse e encerrar a paralisação e não prejudicar mais a sociedade, argumentou Abrantes. De acordo com o parlamentar, "a intervenção da Câmara Legislativa não se limitou à questão jurídica, pois teve um aspecto de conciliação entre vários segmentos da sociedade", declarou.

A paralisação começou na última terça (9). A categoria reivindica melhores condições de trabalho e o direito de portar armas fora do horário de serviço. Desde que começou a greve, a Secretaria de Segurança decidiu suspender as visitas no Complexo Penitenciário da Papuda, o maior do DF. Parentes de presos têm protestado e pressionado para dar fim à suspensão.

Durante o encontro, Abrantes, a distrital Celina Leão e o presidente da Câmara Legislativa, Patrício, deram garantia de que a instituição vai votar na próxima terça-feira (23), o projeto de lei que dá direito aos agentes penitenciários de ter porte arma. Também participaram da reunião o secretário de Segurança, Sandro Avelar e o juiz da Vara de Execuções Penais, Ademar Vasconcelos.

O Sindpen e a Asspen farão reuniões específicas com as suas bases para que a categoria possa posicionar. Na terça-feira, pela manhã, as duas entidades promoverão uma assembléia geral, no auditório da Câmara Legislativa. Os agentes penitenciários permanecerão no prédio para acompanhar, à tarde, a votação do projeto que legisla sobre o porte de arma.