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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Projeto Golfinho beneficia crianças socialmente vulneráveis

Duas vezes por semana, 489 meninos e meninas de 6 a 14 anos, que moram no Sol Nascente, em Ceilândia, no Paranoá e no Itapoã, participam do projeto Golfinho, da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). A iniciativa existe há 14 anos e oferece atividades que trabalham leitura, escrita, raciocínio lógico e esportes, como natação, futebol, corrida, basquete e vôlei.

Segundo a gerente de Qualidade de Vida e Responsabilidade Social da Caesb, Márcia Freire, podem entrar no programa crianças de 6 a 10 anos que estejam em condições de vulnerabilidade social — sob medida protetiva ou em situação de trabalho infantil, por exemplo — e estudem na rede pública. Não há período de inscrição, e a seleção é feita nas Escolas Classes nº 1, do Itapoã; nº 2 e no Centro de Atenção Integral à Criança Santa Paulina, do Paranoá; e nas nº 25, nº 47 e nº 50, de Ceilândia.

Programação
As atividades são realizadas no turno contrário à escola, às terças e quintas-feiras ou às quartas e sextas, nos núcleos de atendimento do Golfinho em Ceilândia, no Itapoã e no Lago Sul. Este funciona por meio de uma parceria com o Centro de Convenções Israel Pinheiro, na QL 32, e é no momento o único local onde se pode ministrar aulas de natação. Nas outras unidades, as piscinas estão em manutenção.

Nas turmas matutinas, a programação começa às 8 horas com café da manhã. Em seguida, formam-se dois grupos: um fica em sala para fazer exercícios propostos pela pedagoga, e outro segue para a educação física. Depois, eles trocam. Às 11 horas, após ter lanchado, os alunos partem nos ônibus oferecidos pela companhia. À tarde, a mesma rotina começa às 13h30 e termina às 16h30.

Recursos
O projeto é mantido pelo Fundo de Assistência Social da Caesb com verba proveniente de multas aplicadas a infratores. O custo anual gira em torno de R$ 1,2 milhão, dinheiro que financia professores, seguranças, uniformes, material de apoio e transporte, entre outros recursos. A equipe de profissionais de educação física, pedagogia e administração é contratada por meio de pregão eletrônico.

Fonte:Agência Brasília/imagem:Gabriel Jabur

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Especialista alerta para o cuidado com olhos durante prática de esportes


Muito fina e delicada, a retina é a membrana que reveste a superfície interna da parte posterior do globo ocular. É nela que estão os receptores fotossensíveis que convertem a imagem luminosa captada do exterior em impulsos elétricos que, através do nervo ótico, são enviados para área do cérebro em que se processa a visão.

O globo ocular é preenchido por uma estrutura gelatinosa e transparente que compõe 4/5 do olho, denominada vítreo, e encontra-se aderida à retina. Quando acontece o desprendimento do vítreo de forma espontânea ou provocado por um trauma ocular, pode ocorrer a formação de buracos ou rasgos na retina que levarão ao descolamento da retina, promovendo a perda da visão.

O descolamento da retina pode acontecer espontaneamente, ser provocado por doenças como a diabetes, distúrbios inflamatório ou por trauma. E é neste último caso que o problema tem mais chances de ser evitado. Atrás de traumas ocorridos na rua, em casa e no trabalho, com origens diversas (acidentes automobilísticos e objetos perfurantes, por exemplo), o trauma ocular na atividade esportiva representa 25% do total de casos. Nos Estados Unidos os registros são de cerca de 100 mil casos de acidentes com os olhos dos atletas por ano, representado 14% de todos os atendimentos oculares.

E quando o assunto é descolamento de retina causado durante práticas esportivas e lazer (14% no Brasil), 50% ocorrem em jogos de futebol. Outras atividades envolvendo bola, como o tênis e squash também oferecem risco aos praticantes e lutas, assim como o boxe e MMA, este último tão em voga, atualmente.

Como se proteger
O médico Renato Braz Dias, chefe do Departamento de Retina e Vítreo do Grupo INOB, alerta sobre a importância da proteção dos olhos durante a prática de esportes. “Há óculos especiais que lembram óculos de natação, mais comumente usados por jogadores de basquete americano. Eles podem, inclusive, ter o grau da pessoa. 

Outra opção são óculos escuros de marcas mais relacionadas ao esporte. Feitos de policarbonato, material resistente a impactos, proporcionam boa proteção, inclusive contra raio UV, e devem ser considerados na prática de esportes”, recomenda o oftalmologista. Além de protegerem contra traumas, esses acessórios diminuem a exposição constante ao sol que pode acarretar queimaduras na córnea, degeneração na retina, aparecimento de pterígio e agravar quadros de catarata.

Infelizmente, no futebol profissional, o uso dos óculos ainda não é permitido pelas confederações pela possibilidade de ferir o adversário. O mercado, porém, dispõe de modelos de formas arredondadas (portanto, sem pontas perfurantes) confeccionados com armações de silicone, justamente para não machucar usuário e terceiros.  

Tratamento
Caso o trauma aconteça, o especialista recomenda a consulta oftalmológica o quanto antes. “O descolamento agudo do vítreo, que é o gel interno do olho que está grudado à retina, pode levar a uma rotura, ou seja, ao rasgo da retina. Se isso for identificado logo podemos realizar uma aplicação de laser e evitar o descolamento”, explica. Dr Renato esclarece, ainda, que o tratamento para o problema é sempre cirúrgico. “Há várias técnicas para a correção como a Retinopexia e a Vitrectomia, a depender do caso e indicações. A Vitrectomia avançou muito nos últimos anos com novos equipamentos, incisões menores, minimamente invasivas, que levaram a melhores resultados e melhor recuperação para o paciente”, complementa.

É importante ficar atento aos sintomas que podem indicar o descolamento da retina:  visão de pontos pretos móveis, as chamadas moscas volantes, visão de flashes de luz, baixa da acuidade visual (visão embaçada) e perda parcial do campo visual. Mais informações: INOB Brasília ou pelo site.