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terça-feira, 14 de outubro de 2014

Chikungunya: casos serão confirmados por critério clínico

O Ministério da Saúde adota, a partir desta semana, o critério clínico-epidemiológico para confirmação da febre Chikungunya nas localidades que registram casos autóctones (originários no país). A partir da confirmação dos primeiros casos notificados por laboratório, a recomendação da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) é que os casos sejam confirmados por critérios epidemiológicos. Neste cenário, para a confirmação de um caso serão levados em conta fatores como: sintomas apresentados e a proximidade dele com pessoas que já contraíram a doença. Onde não há os primeiros casos originários de Chikungunya, a comprovação continuará sendo por meio do exame de laboratório.

A confirmação de casos suspeitos por critério clínico-epidemiológico no cenário de transmissão da Chikungunya tornar a confirmação mais rápida e eficaz. “Além da rapidez da comprovação da febre, o critério clínico-epidemiológico evita a superlotação de amostras nos laboratórios onde há transmissão sustentada, na medida em que os exames de sangue só serão realizados em casos atípicos ou óbitos”, esclarece o Secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, ressaltando que os óbitos são raros no caso desta doença.

Confira o boletim dos casos da doença
O tratamento para a febre Chikungunya não depende de exame. Como não existe uma terapia específica contra a doença, os sintomas são cuidados com medicação para a febre (paracetamol) e dores articulares (antiinflamatórios), além de repouso absoluto do paciente, que deve beber líquidos em abundância. Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia.

LIRAa
Como parte das ações para o combate à dengue e à febre Chikungunya, o Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, realiza até o final de outubro, o Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa ). O objetivo é identificar as larvas do mosquito Aedes Albopictus e Aedes Aegypti (transmissor da dengue) nos locais onde estão os focos. “É um instrumento fundamental para orientar as ações de controle do mosquito transmissor das duas doenças, o que possibilita aos gestores locais de saúde anteciparem as ações de prevenção”, explica Jarbas Barbosa. O LIRAa será divulgado na primeira quinzena de novembro.

Desde que foram confirmados os casos da febre Chikungunya no Caribe, no final de 2013, o Ministério da Saúde elaborou um plano nacional de contingência da doença, que tem como metas a intensificação das atividades de vigilância; a preparação de resposta da rede de saúde; o treinamento de profissionais; a divulgação de medidas às secretarias e a preparação de laboratórios de referência para diagnósticos da doença.

Também foram intensificadas as medidas de prevenção e identificação de casos. Nas regiões com registro da febre foram constituídas equipes, com técnicos das secretarias locais, para orientar a busca ativa de casos suspeitos e emitir alerta às unidades de saúde e às comunidades. E, para controle dos mosquitos transmissores da doença, são realizadas ações de bloqueio de casos suspeitos e eliminação de criadouros.

Balanço
Até o dia 4 de outubro, o Ministério da Saúde registrou 211 casos de Febre Chikungunya no Brasil, sendo 74 confirmados por critério laboratorial e 137 por critério clínico-epidemiológico. Do total, são 38 casos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. Os outros 173 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão. Desses casos, chamados de autóctones, 17 foram registrados no município de Oiapoque (AP) e 156 no município de Feira de Santana (BA).

Desde 2010, quando o Brasil registrou três casos importados (contraídos no exterior) da doença, o Ministério da Saúde passou a acompanhar e monitorar continuamente a situação do vírus causador da Febre Chikungunya. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2004, o vírus havia sido identificado em 19 países. Porém, a partir do final de 2013, foi registrada transmissão autóctone (dentro do mesmo território) em vários países do Caribe e, em março de 2014, na República Dominicana e Haiti – até então, só África e Ásia tinham circulação do vírus.

Prevenção
A febre Chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores.

Para evitar a transmissão do vírus, é fundamental que as pessoas reforcem as ações de eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são as mesmas para o controle da dengue, ou seja, verificar se a caixa d ¿água está bem fechada; não acumular vasilhames no quintal; verificar se as calhas não estão entupidas; e colocar areia nos pratos dos vasos de planta, entre outras iniciativas deste tipo.

Os sintomas da doença são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema e costumam durar de três a 10 dias. A letalidade da Chikungunya, segundo a Opas, é rara, sendo menos frequente que nos casos de dengue.

Fonte:Agência Saúde

terça-feira, 25 de março de 2014

Ministério da Saúde entrega equipamentos para teste rápido de tuberculose

O Ministério da Saúde começa nesta semana a distribuição de 50 equipamentos de teste rápido de tuberculose aos estados de Amazonas, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, além do Distrito Federal. Até maio, todos os estados brasileiros devem receber os equipamentos, possibilitando a introdução do teste no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda neste primeiro semestre do ano. A oferta do diagnóstico, que tem capacidade de detectar a presença do bacilo causador da doença em duas horas, foi anunciada nesta segunda-feira (24) pelo secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, durante cerimônia alusiva ao Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose.

A previsão é que os testes, denominados “Gene Xpert”,  já estejam disponíveis na rede de saúde, dos cinco estados e do Distrito Federal, a partir desta semana. Além de detectar a presença do bacilo causador da doença em duas horas, o novo equipamento identifica se há resistência ao antibiótico rifampicina, usado no tratamento da doença.

Durante o evento, o secretário Jarbas Barbosa ressaltou a importância do novo teste para o controle da tuberculose. “Em duas horas a pessoa já recebe o resultado, sendo que o diagnóstico tradicional pode levar de um a dois meses”, observou. Segundo ele, além de ser mais preciso, o teste rápido indica se a pessoa tem resistência ao medicamento da tuberculose, permitindo ao médico ajustar o esquema terapêutico do paciente ao resultado.

O secretário explicou que, embora o Brasil tenha apresentado uma redução importante nos últimos 10 anos, a tuberculose ainda merece atenção especial por parte das autoridades de saúde, principalmente em algumas localidades ou públicos específicos. “A pessoa que apresente  tosse por mais de três semanas, deve procurar um médico porque pode ser tuberculose. Se a doença for identificada rapidamente e o tratamento começar de imediato, o paciente, certamente, não evolui para uma forma grave, parando de transmitir”, alertou o secretário.

Casos
No ano passado, a taxa de incidência foi de 35,4 por 100 mil habitantes, contra 44,4/100 mil em 2003. Foram registrados - em 2013 -  71.123 casos novos de tuberculose. Em 2012, ocorreram 4.406 mortes pela doença, taxa de mortalidade de 2,3 óbitos por 100 mil habitantes. São mais vulneráveis à doença as populações indígenas, presidiários, moradores de rua - estes devido à dificuldade de acesso aos serviços de saúde e às condições específicas de vida -; além das pessoas vivendo com o HIV.

Campanha
Para o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, o Ministério da Saúde preparou uma campanha publicitária que tem como slogan “O tratamento foi o maior sucesso da minha vida”. A campanha é protagonizada pelo cantor e compositor Thiaguinho, que foi diagnosticado com a doença em julho de 2013. Ele fez o tratamento corretamente e, em fevereiro deste ano, anunciou que havia se curado da doença.

A tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro, é o principal sintoma da tuberculose. Qualquer pessoa com este indício deve procurar uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico. Para atingir a cura, o paciente deve realizar o tratamento oferecido, gratuitamente, pelo SUS, durante seis meses, sem interrupção.

Fonte:Agência Saúde

Campanha combate assédio sexual em ônibus

Casos de abusos no transporte coletivo atingem muitas mulheres em todo o país. A maioria não registra ocorrência por vergonha e, com isso, os autores ficam impunes. Para combater essa conduta abusiva e conscientizar a população, o GDF lançou, a campanha "Assédio Sexual no Ônibus é Crime".

No último ano, foram registradas 42 denúncias por assédio em coletivos no Distrito Federal, mas estima-se que a quantidade de casos seja muito maior. Abusos dessa natureza afetam a integridade física e psicológica das mulheres que usam o sistema público de transporte no DF.

"Muitas mulheres sofrem essa violência e, por se sentirem constrangidas, não registram a ocorrência. A campanha vem justamente incentivar que essa denúncia seja feita", afirmou a delegada Ana Cristina Santiago, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).

"A intenção da campanha é conscientizar passageiros, motoristas e cobradores para que todos reajam em proteção às mulheres. Além disso, uma mulher bem informada se sente mais segura para denunciar", afirmou a secretária da Mulher, Olgamir Amancia.

Segundo o coronel Roberto Ninaut, da Secretaria de Segurança Pública, as vítimas podem acionar o 190 ainda do interior do ônibus. "A Polícia Militar e a Civil estão preparadas para atender a esse tipo de denúncia, podendo enviar viaturas para interceptar o veículo e conduzir os envolvidos para a delegacia", garantiu.

Os autores de abusos dentro dos ônibus podem responder por desde contravenção de importunação ofensiva ao pudor até crime de estupro. Se condenados as penas variam de multa até 10 anos de reclusão.

"O motorista pode conduzir o ônibus para uma delegacia, e com isso teremos todos os elementos, vítima, testemunhas e agressor, podendo efetuar a prisão em flagrante. Quando a mulher procura a delegacia dias depois, sem testemunhas e sem características suficientes para identificação do autor, fica mais difícil uma condenação", explicou a delegada.

Durante o evento, foram apresentadas as estratégias da campanha e o material de divulgação, como cartilha com instruções para fazer as denúncias, cartazes, anúncios de jornais, spots de rádio e arte, que serão exibidos nos totens da Rodoviária do Plano Piloto.

Fonte:Agência Brasília

quinta-feira, 27 de junho de 2013

SUS vai registrar casos de agressão por homofobia

O Ministério da Saúde vai tornar obrigatório o registro dos casos de violência por homofobia atendidos na rede pública de saúde. A iniciativa será aplicada a partir de agosto aos estados de Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e, em janeiro do próximo ano, será estendida ao restante do país. O anúncio da obrigatoriedade ocorreu nesta quinta-feira (27) durante o lançamento do Sistema Nacional de Promoção de Direitos e Enfrentamento à Violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (Sistema Nacional LGBT), pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. Na ocasião também foi apresentado Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil em 2012.

O ministro da Saúde Alexandre Padilha, considera que a obrigatoriedade da notificação será uma ferramenta importante de promoção e de garantia de direitos à comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Segundo ele, o preenchimento de um formulário pelo profissional que realizou o atendimento vai tornar visível a dimensão real do problema da homofobia. “É fundamental conhecer a magnitude das violências que acometem esta população, identificando quem são as vítimas, quais os principais tipos de violências, locais de ocorrência, a motivação, a oportunidade do uso do nome social, dentre outras informações”, afirmou o ministro. Ele explicou que este conhecimento vai servir para a formulação e implementação de políticas públicas de enfretamento às violências homofóbicas e políticas públicas de atenção e proteção à população LGBT.

O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) já registra os atendimentos de violência contra mulheres, idosos, crianças e adolescentes.  O SINAN fornece subsídios para explicações causais dos agravos de notificação compulsória, além de indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, contribuindo assim, para a identificação da realidade epidemiológica de determinada área. A Lista de Notificação Compulsória (LNC) é composta por agravos e eventos selecionados de acordo com critérios de magnitude, potencial de disseminação, transcendência, vulnerabilidade, disponibilidade de medidas de controle e compromissos internacionais com programas de erradicação, entre outros fatores.

Documento
O Relatório sobre Violência Homofóbica aponta que, em 2012, ocorreram 3.084 denúncias e 9.982 violações de direitos humanos relacionadas à identidade de gênero. Isso representa um crescimento significativo, se comparado ao ano anterior, quando foram registrados 1.159 casos de denúncias de violência e 6.809 violações de direitos. Também houve crescimento de 183% do registro de vítimas de violência por homofobia, subindo de 1.713 para 4.851. A maioria das vítimas  (61,16%) tinha idade entre 15 e 29 anos. O documento foi realizado a partir da base de dados do Disque Direitos Humanos, Central de Atendimento à Mulher e 136 da Ouvidoria do Ministério da Saúde.

“O crescimento no número de denúncias mostra a confiabilidade nos sistemas que estamos instituindo e produzindo no Brasil”, observou ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário. Segundo ela, o recebimento dessas  acusações configura um passo importante porque resulta em atitudes. “Quando recebemos estas  denúncias, temos que mover uma rede de proteção e atendimento às vítimas”, complementou a ministra.

Para o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, O enfrentamento à violência requer a ação conjunta de diversos setores: saúde, segurança pública, justiça, educação, assistência social. “O SUS vai fornecer dados seguros para que sejam formuladas políticas públicas eficientes, preservando a integridade desta população”, ressaltou o secretário.

Sistema Nacional LGBT
Para qualificar e ampliar o atendimento à população LGBT, familiares, amigos e vítimas da discriminação, além de potencializar ações nas áreas de direitos humanos, segurança pública e assistência social, foi criado o sistema Nacional LGBT. Pretende-se integrar todas as entidades existentes no país, mas que funcionam de forma desarticulada, além   de construir um tripé formado pelos conselhos, coordenadorias e planos estaduais e municipais LGBT.