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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Com novo elenco, espetáculo “Virilhas” volta a Brasília


No próximo sábado (5), o espetáculo Virilhas de Alexandre Ribondi volta aos palcos de Brasília e fica em cartaz neste mês no Teatro Goldoni aos sábados, 21h, e aos domingos, às 20h. A peça desconstrói o amor e provoca o público a pensar sobre a transformação da vida. 

Depois do sucesso no #ImaginaNaCopa e da Oficina de Teatro na Casa D’Itália, o pioneiro da dramaturgia brasiliense, Alexandre Ribondi, traz de volta aos palcos da capital o espetáculo “Virilhas”, com novo elenco, em sua quinta montagem. Nesta nova versão, os atores Mário Luz e Paulo Victor Gandra contracenam para falar do fim ou da impossibilidade do amor.

“Virilhas é um espetáculo que pretende ser lírico, violento, amoroso e carregado de mágoas”, define Alexandre Ribondi. Apesar de ser uma história vivida por dois homens, a peça não trata sobre a temática homossexual. O diretor explica que a intenção é “ultrapassar fronteiras, universalizar as experiências vividas, no palco, pelo que se costuma definir como minoria”.

Os atores atuam despidos em um cenário com poucos detalhes. O apartamento, em que acontece a história, está completamente fechado e passa por uma reforma, como a vida dos personagens. Ribondi conta que em cada montagem precisa responder a seguinte pergunta: “Por que o meu personagem, ao acabar a peça, está exatamente como quando ela começou? A sua não-transformação, a sua incapacidade de ver as vantagens de ser outra pessoa servem, ao meu ver, para que o público - ele, sim! - se dê conta da necessidade da transformação”, disse.

Sobre a peça
Num apartamento ainda em obras, as janelas e as portas foram fechadas a cadeado. Os celulares, jogados pela janela. Lá dentro, dois homens têm vontades opostas: um quer ir embora, esquecer o que aconteceu e o que sentiu. O outro, por acreditar que “um coração nunca se cura do amor”, quer ficar. Durante cerca de 50 minutos, os dois usam todos os recursos que têm, inclusive seus corpos e sua sexualidade, para conseguirem o que querem. É esta a trama da peça Virilhas, escrita por Alexandre Ribondi. As personagens são carregadas de sensualidade, erotismo, solidão e desejos. Juntos, buscam a liberdade, a vingança amorosa, o gozo sexual e a felicidade – mesmo que cada um queira ser feliz à sua maneira.

Serviço
Quando: 05 a 27 de abril
Hora: Sábados às 21 horas e domingo às 20 horas.
Onde: Teatro Goldoni – EQS 208/09 sul
Valores: R$40,00 (inteira) R$ 20,00(meia)
*lista amiga: enviando o nome para eventosdesvio@gmail.com com 24 horas antes da sessão o ingresso custa R$ 15,00 (mediante retirada do ingresso com antecedência de 30 minutos da sessão).

Imagem:Michael Melo

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Espetáculo Cru volta a Brasília

O premiado espetáculo CRU, dirigido por Alexandre Ribondi e Sérgio Sartório e estreado em 2009, já passou por mais de 50 cidades e faz nova temporada no Espaço Cena, entre os dias 13 e 23 de junho. Sucesso em Brasília, o espetáculo CRU já ocupou páginas dos jornais mais importantes do país, com destaque para a dramaturgia, de Ribondi, e o elenco renomado, composto por Chico Sant’Anna, Sérgio Sartório e Vinicius Ferreira. As sessões acontecem de quinta a domingo, às 21h (quintas a sábados) e às 20h (domingos) e os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada).

Num açougue à beira de estrada nos confins do Brasil central, um forasteiro chega para contratar os serviços de um matador de aluguel. Em meio a pedaços de carnes, gotas de sangue no chão, cachaças baratas e facas afiadas, um acerto de contas traz à tona lembranças do passado. Essa atmosfera permeia o espetáculo CRU, da Cia Plágio de Teatro, co-dirigido por Alexandre Ribondi e Sérgio Sartório. A montagem já ganhau diversos prêmios desde a estreia em 2009 em Brasília e fez temporadas pelo País e Exterior (Itália, Milão em 2010).

Alexandre Ribondi também assina a dramaturgia que narra o encontro perigoso entre o forasteiro evangélico Zé (Chico Sant'Anna), o violento pistoleiro de aluguel, Cunha (Sérgio Sartório), e o dono do açougue, um travesti chamado de Frutinha (Vinicius Ferreira). O texto de Ribondi discute temas atuais como a violência, a falta de segurança, a banalização da vida, a vingança e o ódio social.

O espetáculo também foi adaptado para o cinema, por Jimmi Figueiredo. O filme faturou os prêmios de Melhor Longa-metragem (Festival de Cinema de Brasília, 2011), Melhor Filme de Ficção, Melhor Ator, Melhor Direção de Arte e Melhor Trilha Sonora (Festival de Cinema Guarnicê, MA, 2012) e Melhor Ator (Festival de Cinema de Maringá, PR, 2012).

A Encenação
No açougue vivem o jagunço Cunha e sua amiga de infância, o travesti Frutinha, que é a dona do lugar. Zé chega ao local à procura de Cunha. Enquanto Zé e Cunha acertam os detalhes de um serviço a ser contratado, são observados por Frutinha, que tenta desvendar o verdadeiro motivo da chegada do forasteiro. Durante a conversa, lembranças e antigas dividas vem à tona, para desaguar em um final que surpreende. A partir do enredo tenso e do minimalismo nos recursos cênicos, a montagem transfere à encenação o papel da densidade atmosférica e da verossimilhança, gerando reflexões que ultrapassam o regionalismo e tratam de problemas enfrentados pelos grandes centros urbanos. 

A encenação é voltada para valorizar o texto e a interpretação dos atores. O cenário é objetivo, com poucos elementos cênicos. A luz é estática e naturalista. Acende no início e apaga-se no final, sem outras utilizações durante a apresentação. Também não há trilha sonora, só o som das facas, garrafas, copos e a respiração cadenciada dos fortes diálogos. O figurino veste os atores em tons crus. "O conceito da encenação nasceu a partir do título da obra: Cru. A ação dramática acontece em tempo real e em um único lugar, o açougue de Frutinha. O texto exige dos atores um mergulho profundo e pessoal nas personagens, para que a atuação seja completamente verdadeira", explica Sérgio Sartório.

Serviço
Onde: Espaço Cena
Preço: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Quando: 13 e 23 de junho
quinta a domingo, às 21h (quintas a sábados) 
20h (domingos) 

Imagem: Hugo Rocha