
"Hoje, estamos de luto duplamente: pela perda de nosso companheiro e pelo outro policial que atirou, que, com certeza, não desejava um desfecho desses para a ocorrência", afirmou o comandante geral da PM, Joziel de Melo Freitas, em entrevista coletiva à imprensa na manhã de hoje.
O PM responsável pelo disparo fatal está internado em estado de choque e ainda não foi ouvido pela corporação, que levanta informações e depoimentos de pessoas que estavam no local na hora do ocorrido.
"Ele está sedado, em estado de choque; os dois PMs eram amigos, faziam parte do mesmo batalhão e participaram juntos, recentemente, de uma grande confraternização", completou o comandante geral.
Ambos os agentes faziam parte da Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam) e tinham grande experiência profissional e um excelente histórico, o que faz a PMDF crer ser improvável que eles tenham agido de maneira incorreta.
"Os dois policiais fazem parte da elite da PMDF e são extremamente bem treinados, acreditamos que o mais provável é que se trate de uma fatalidade", completou o comandante geral, que também ressaltou que nos últimos cinco anos não houve nenhuma ocorrência desse tipo na corporação.
O cabo Osmar Catarino Júnior estava há mais de treze anos na PM e possuía trinta menções honrosas em seu currículo, e o policial responsável pelo tiro fazia parte das tropas de segurança do DF há dez anos e possui 23 menções honrosas em sua ficha profissional.
As informações preliminares levantadas pela corporação são de que o cabo Osmar Catarino Júnior trafegava pela Avenida Hélio Prates quando percebeu a ocorrência de um roubo a um pedestre em uma parada de ônibus.
À paisana, o militar abordou o suspeito que havia entrado em um ônibus e o retirou do veículo, no momento em que passava pelo local, um veículo do Rotam, onde estavam quatro PMs. O suspeito que estava sendo detido foi preso pela polícia e feriu na ação, mas não corre riscos.
Fonte: Agência Brasília/Imagem: Hmenon Oliveira