
A ocorrência de casos com uso de explosivos tem aumentado, nos últimos anos, em todo o Brasil. Em Brasília, não é diferente. Apenas neste ano, a equipe foi chamada a intervir em 25 ocorrências. No ano passado, foram 110, desde ameaças de bomba até a destruição do material. Em 2013, houve apenas dois registros.
O Bope orienta a população a adotar cuidados básicos ao encontrar qualquer item estranho ao ambiente. Nessa hora, a curiosidade é a principal inimiga de quem se atreve a mexer em malas, sacolas, caixas de papelão, maletas e outros, sem saber exatamente qual é o conteúdo. A primeira coisa a fazer é não tocar no objeto na tentativa de removê-lo ou, simplesmente, saber o que tem dentro dele.
“Em casos como esse, deve-se comunicar ao 190 [telefone de emergência da Polícia Militar], que acionará o Bope para avaliar o material encontrado”, esclarece o comandante do Esquadrão de Bombas, capitão Ricardo Napoleão. O oficial explica que, na maioria dos casos, os volumes são muito parecidos com materiais, como cabos de rede, fios elétricos, massa de alimentos e até cordas: “A avaliação é muito difícil, por isso a necessidade de ferramentas policiais na identificação”.
O método utilizado por criminosos para explodir caixas eletrônicos, por exemplo, representa um grande perigo depois de o explosivo ser detonado. A imperícia na montagem dos artefatos pode fazer com que nem todos sejam ativados.
Equipamentos
Um robô criado nos Estados Unidos — responsável pela remoção de um volume suspeito para uma área segura —, um braço robótico canadense e um sistema de ganchos e cordas, usado em locais inacessíveis até para uma máquina, estão entre as principais ferramentas utilizadas pelo esquadrão do Bope.

A utilização de cães farejadores é mais uma arma do esquadrão. São oito pastores belgas, do Batalhão de Policiamento com Cães da Polícia Militar do DF, treinados para identificar objetos que contenham explosivos. Ao perceber a presença desses materiais, o cachorro fica sentado. É a senha para a intervenção humana.
Varredura

Os policiais do Esquadrão de Bombas ostentam especializações adquiridas no Brasil, no Chile, na Argentina, no Peru, em Portugal, na Colômbia — considerada a melhor escola da América do Sul — e na Espanha, a melhor da Europa, os dois últimos com histórico de uso de explosivos por grupos terroristas.
Fonte:Agência Brasília/imagem:Andre Borges
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