A polícia prendeu em flagrante, nesta sexta-feira (19), na Asa Sul, um homem acusado por tráfico de drogas. Dentro do apartamento do rapaz, a polícia encontrou pés de maconha, sementes e papel usado para fumar a droga.
De acordo com informações da polícia, Saulo Fabrício Pereira, de 33 anos foi preso em flagrante, depois de um homem ser abordado na Asa Norte e apontar, o mesmo como fornecedor. Ao chegar no apartamento do rapaz, que fica na 412 sul, a polícia encontrou 8 pés de maconha, semente e papel usado para enrolar a droga.
Ainda de acordo com a polícia, quando os agentes entraram no apartamento, para dar voz de prisão, o acusado estava fumando a droga. Para a polícia, o homem informou que a maconha era para consumo próprio e se apresentou como canabicultor (produtor de maconha).
O homem informou ainda, que usava a maconha, para fins recreativos e medicinais, mas a conversa não convenceu a polícia e ele foi encaminhado á 1ª Delegacia de Polícia e autuado por tráfico. Se condenado, o rapaz pode pegar de 5 a 15 anos de prisão.
Mas o que teria acontecido depois? Na época, a prisão de Saulo teve uma grande repercussão na mídia, imagens do rapaz foram divulgadas por diversos veículos e ele virou notícia. De acordo com informações de Saulo Fabrício, em abril de 2013 saiu a deliberação final do juiz, dando ganho de causa para o mesmo. Sem a mesma repercussão da deliberação final, Saulo procurou o Comunica Brasília, para contar o que aconteceu depois e dar a sua versão dos fatos.
Acompanhe o e-mail na íntegra de Saulo Fabrício Pereira.
"Saudações leitores(as) do Comunica Brasília,
Me chamo Saulo Fabrício Pereira, sou brasiliense, nasci em 1979 em pleno regime ditatorial de João Figueiredo. Participei do movimento dos caras pintadas em 1992 e com treze anos entrei para os movimentos sociais. Sou Administrador (2006) e sou discente do 9º Semestre em Pedagogia pela UnB (2008). Viajei pelo Brasil em dois Fóruns Sociais Mundiais conhecendo pessoas de todo o globo e percebendo o quão diversa, plural, rica e inimaginável é a humanidade.
Em 2009, publiquei minha tese pelo CCN/UnB. Produz e desenvolve desde 2008, projetos acadêmicos em inúmeros campos do conhecimento. Do ensino da evolução e diversidade das espécies, meio ambiente e sistema de produção em agrofloresta, entomologia e microfauna, ecologia e taxonomia de plantas e animais (tudo voltado para as séries iniciais da educação básica), até visitas in locu registradas em aproximadamente 40 etnografias sobre grandes categorias das ciências sociais como: identidade cultural, raça, classe, o patrimônio cultural de Brasília e de Goiás Velho e relações de gênero no processo de invisibilidade das mulheres brasileiras.
Saulo Fabrício é cidadão de boa índole e pacifico. Ativista pró-legalização da Cannábis Sativa no Brasil e pela regulamentação do seu plantio para uso pessoal. Foi preso no dia 17/10/2012 sob a acusação de tráfico de drogas pelo fato de estar portanto 10g de flores de maconha. Note; flores que eu mesmo produzi e que nunca incentivei o uso de outrem ou estabeleci qualquer tipo de mercancia visando lucro.
Toda a imprensa local, nacional e até internacional, veiculou e comercializou ilegalmente imagens e filmagens de minha pessoa dentro de minha residência, sem camisa e num contexto de relação de poder completamente desigual, além de editar infantilmente entrevista dada a reporte Carolina Andrade da Rede Record em 17/10/2012 na 1ªDP/DF.
A violência das ações da PMDF/GTOP nesse dia se expressou pela invenção de teses fracas e sem substância comprobatória e também pelo comércio ilegal para os meios de comunicação de uma imagem do cidadão Saulo Fabrício forjada e associada ao tráfico de drogas, situação essa, que não teve o seu devido processo investigatório, e não se sustentou nem por 48 horas, dada as circunstância reais apresentadas às autoridades e justiça brasileira.
Mais violento e fascista foi a exploração ilegal de minha imagem/voz e o achincalhamento pedante feita por Henrique Chaves e o programa Balanço Geral já me julgando de forma sumária diferentemente da justiça brasileira. O discurso infantil e ascético da Rede Record faz parte das estratégias da ideologia falha do War on Drugs que vem produzindo sistematicamente crimes de lesa humanidade como a epidemia do crack já nos anos 90 nos EUA quando jogou na ilegalidade os insumos necessários para sua produção no mercado negro.
Em nenhum momento a mídia respeitou minha imagem e meu direito à vida particular. Mesmo com tamanha injustiça, faz necessário registrar nessa parca nota, que ainda e desde sempre, Saulo Fabrício acredita e luta pela difusão de ciência, por uma nova política de drogas baseada na liberdade individual, no modal da redução de danos e na paz social a todos.
Obrigado aos leitores(as) que chegaram até aqui. Atenciosamente - Saulo Fabrício Pereira".
vindo de um nivel tão baixo esses programinhas da record não vai nos atingir..
ResponderExcluirforça irmao _\|/_
Finalmente Justiça aqueles que merecem!
ResponderExcluirO problema é que hoje em dia a mídia faz uso desses casos para ganhar audiência, ridicularizando o indivíduo ao máximo, e continuam, porque, muitas das vezes, o mesmo não tem condições e informações para mover processo contra essas emissoras. Parabéns Saulo por não contribuir para o tráfico e parabéns para o blog que deu o direito de resposta.
ResponderExcluirDaniel Rocha,
ExcluirPrimeiramente obrigada por acompanhar o Comunica Brasília. Em segundo, o Comunica tem o dever e como princípio o jornalismo verdade. Ouvindo todos os lados e dando direito de resposta a quem merece.
Um abraço equipe Comunica Brasília.
Parabéns pelo canal aberto ao direito de resposta e para que se apurasse, no fim,a verdade dos fatos. Parabéns ao Sr. Fabrício por lutar pela verdade.
ResponderExcluirMais respeito ao cultivador, que exerce seu direito à individualidade e não retroalimenta o sistema nocivo do tráfico de drogas com suas cultivares.
Sibanacativas,
ExcluirPrimeiramente obrigada por acompanhar o Comunica Brasília. Em segundo, o Comunica tem o dever e como princípio o jornalismo verdade. Ouvindo todos os lados e dando direito de resposta a quem merece.
Um abraço equipe Comunica Brasília.
Parabéns por dar direito de resposta ao acusado de tráfico, as leis no Brasil estão sofrendo com um retrocesso. Enquanto países estão descriminalizando as drogas o Brasil quer superlotar mais ainda as cadeias com pessoas de bem ao invés de prender os grandes traficantes. Hoje são 4,12 presos por vaga, até onde vai chegar esse número?
ResponderExcluirParabéns guerreiro!
ResponderExcluirestamos juntos.